Para comemorar os 50 Anos do 25 de Abril, a Biblioteca Escolar fez uma exposição com alguns livros censurados durante o Estado Novo.
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sábado, 8 de junho de 2024
Dia do Agrupamento - Exposições cedidas pelo Centro de Documentação 25 de Abril - Coimbra
Em articulação com o Grupo de Área Disciplinar de História e com o apoio da Câmara Municipal de Vagos, tivemos a oportunidade de expor na nossa Biblioteca Escolar três exposições, gentilmente cedidas pelo Centro de Documentação 25 de Abril (Coimbra).
- Cartoons - tema do 25 de Abril no Humor.
“Em 25 de Abril de 1974 encontramos todo o povo na rua, atrapalhando as manobras militares, conquistando os melhores lugares em cima das arvores do Carmo, ocupando terras e fábricas... correndo atrás das últimas tiragens dos jornais... e os humoristas deveriam andar no meio de todo esse povo, já que não tiveram tempo de registar o acontecimento em cima da hora, tendo que levar alguns dias para digerirem o que viviam. primeiros desenhos só saem a 27, mas em grande profusão a partir de inícios de Maio de 1974”. (Fonte: Centro de Documentação 25 de Abril)
A exposição é composta por uma seleção de cartoons da autoria de MARTINS, nome artístico de João Martins (1928-1981), publicados no jornal A Bola entre Abril e Dezembro de1974.
- Exposição de cartazes comemorativos do 25 de abril ao longo dos anos.
- Exposição «32 anos, 32 perguntas».
Trata-se de uma exposição iconográfica em que o Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra apresenta 32 questões sobre o 25 de Abril, colocadas por alunos de várias escolas e várias idades.
«Eu passei pelas cadeias da PIDE» - testemunho de uma ex-presa política
No dia 23 de abril, no CER, o Agrupamento de Escolas de Vagos teve o privilégio de receber Maria da Graça Marques Pinto. Pela sua natureza institucional, a escola tem a nobreza de educar para a cidadania e formar para a inserção na sociedade. E essa sociedade deve ser uma sociedade democrática. Para isso, é a escola que deve promover encontros, como este, que dignificam o exercício da cidadania, apelando a uma consciencialização dos valores que são essenciais ao nosso dia a dia, mas nem sempre foi assim. Foi isso que a nossa convidada mostrou aos alunos do 9.º ano e à turma E, do 10.º ano, testemunhando as suas vivências, enquanto ex-presa da PIDE. Os alunos tiveram a oportunidade de interagir, de forma muito positiva, com a nossa convidada, permitindo-lhes, assim, conhecer os horrores que as prisões da PIDE provocavam a pessoas que não tinham cometido nenhum crime.
A Dr.ª Graça Marques Pinto nasceu em Moçambique e frequentou diversas escolas em S. Tomé, Angola, Moçambique e Portugal. Formou-se em Direito, onde teve uma atividade política muito intensa, fazendo parte do movimento estudantil e do Partido Comunista, tendo ingressado em pleno Estado Novo. Foi presa pela primeira vez em 1969 e, novamente, em março de 1971. Esteve na prisão 9 meses. Em fevereiro de 1973, passou à clandestinidade para dar apoio ao órgão clandestino de Direção da União dos Estudantes Comunistas, organização estudantil criada pelo Partido Comunista. Esta situação de clandestinidade permitiu-nos conhecer, durante o depoimento da nossa convidada, como foi difícil todo o seu percurso.
Depois do 25 de abril de 1974, integrou a Comissão Executiva da União dos Estudantes Comunistas e foi responsável pelo acompanhamento do distrito de Setúbal e linhas do Estoril e de Sintra. Posteriormente, assessorou o gabinete de economia do Partido Comunista Português, de onde saiu em 1986.
Agradecemos à Dr.ª Graça Marques Pinto pelo excelente testemunho que nos prestou, assim como à Associação Cultra, que nos permitiu este encontro e ao CER e Câmara Municipal de Vagos, que nos apoiaram neste evento.
Biblioteca Escolar Inclusiva - Um Mundo de Histórias para Todos
No dia 10 de maio, a Biblioteca da Escola Secundária de Vagos (AEV) abriu as suas portas para receber uma visita especial. As crianças da Sala de Afetos do Centro Escolar de Boa-Hora, acompanhada pela professora Cristina Roso e duas assistentes operacionais, tiveram a oportunidade de explorar um espaço novo, numa experiência diferente e enriquecedora.
Entre sorrisos e olhares curiosos, as crianças entraram num ambiente meticulosamente preparado para as acolher, tendo em conta a diversidade e proporcionando-lhes uma sensação de acolhimento carinhoso, apesar das apreensões por estarem num ambiente completamente diferente do habitual.
Para estas crianças, a visita à biblioteca foi mais do que uma simples excursão educativa; foi um convite para embarcar numa viagem por mundos desconhecidos, quer do espaço envolvente, quer dos livros.
Acreditamos que as crianças não apenas viram livros, mas também sentiram o poder das palavras, das imagens, das cores e dos sons das histórias. Foram guiadas pelos adultos que as acompanhavam, a professora do ensino especial, as professoras bibliotecárias e as assistentes operacionais, que não pouparam esforços para tornar a experiência acessível a todos, garantindo que cada criança pudesse desfrutar plenamente da magia dos livros. Estes e, sobretudo, as histórias que eles guardam têm o poder de transcender barreiras e chegar mais perto de qualquer criança.
Os jardins da escola também foram alvo de visita: explorámos a natureza ao redor, as árvores e as flores, adicionando mais uma pitada de descoberta.
No final da visita, os pequenos visitantes receberam balões coloridos que escolheram e levaram consigo como um tesouro.
Esta visita mágica enriqueceu não apenas as vidas destas crianças, mas também ressaltou a importância da inclusão e do acesso à educação e à cultura. Que cada página virada nesta biblioteca escolar seja um passo em direção a um futuro mais inclusivo e acolhedor para todos.
Mês da Leitura - Março
No Mês da Leitura, em março, as páginas do calendário abriram-se para celebrar um tributo merecido a um dos grandes nomes do nosso concelho, poeta e romancista, tendo sido também Diretor da Biblioteca Pública Municipal do Porto: João Grave.
Foi uma oportunidade, para todos nós, de "Voltar às origens através do olhar de João Grave", mergulhando na obra do escritor e explorando os recantos da sua inspiração e os temas que o moveram. A Biblioteca organizou uma exposição de obras do autor, proporcionando um encontro íntimo com as palavras e as histórias contadas por ele. Por outro lado, excertos selecionados da sua obra, nomeadamente de «Gente Pobre», foram habilmente gravados em ficheiros áudio, por alunos do 9.º ano, para dar vida às obras de arte dos alunos do curso de Artes – “Retratos de João Grave” - que serão expostas no Dia do Agrupamento, a 24 de abril. As conversas com João Grave, na voz de João Santiago, foram verdadeiras viagens no tempo, permitindo aos alunos do 11.º D mergulharem nas profundezas da sua escrita. Alunos do 8.º ano, turmas D e F, também quiseram participar nesta homenagem a João Grave e realizaram trabalhos de pesquisa, que tornaram memoráveis através dos vídeos apresentados abaixo. A oficina de Cianotipia "Revelando João Grave", foi também uma oportunidade para os participantes expressarem a sua criatividade.
O Mês da Leitura proporcionou outras atividades envolvendo alunos e professores. Assim, fizemos uma viagem com livros à volta do mundo, para os mais aventureiros, através do Google Earth, acompanhada pela criação de um roteiro de leituras, o que nos ofereceu uma experiência literária sem fronteiras. A visita à Biblioteca Sede, pelas crianças dos Centros Escolares, com a atividade "Histórias com ciência e outras histórias", seguida de um peddy paper pelos jardins da escola para a observação e identificação das árvores, foi um convite irresistível à exploração do conhecimento e da natureza. A exposição "O Legado de um cravo", gentilmente cedida pelo Centro de Documentação 25 de Abril, levou os participantes numa viagem pela história de Portugal, mais precisamente a Revolução dos Cravos. A Rede de Bibliotecas de Vagos (RBV) proporcionou-nos conversas com o escritor José Gardeazabal, em vários níveis de ensino. A comemoração do Dia Mundial da Poesia foi marcada pela distribuição e leitura de "Poemas à solta" nas salas de aula, em marcadores, celebrando a Poesia de Abril. E para selar este mês de celebração, a plantação de novos arbustos e árvores nos jardins da escola foi um gesto simbólico de renovação e crescimento.
Das páginas de "Gente Pobre", em homenagem a João Grave, aos jardins da escola, cada momento foi uma celebração do poder das palavras e do legado da nossa cultura.
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